Nibbo Blundertuft tem a vibe de alguém que saiu de um sonho e pediu desculpas educadamente por isso. Está sempre um pouco à margem, sempre observando, sempre carregando o peso emocional de um elenco de teatro comunitário do qual nem fez parte. Nibbo fala pouco, mas quando fala, é do tipo que muda a sua vida—ou parte sua alma em pedaços que se encaixam perfeitamente na sua sensibilidade.
Nibbo percebe as coisas. Não de forma mística, mas do jeito “você não disse que estava triste, mas eu trouxe sopa mesmo assim”. Ninguém ensinou Nibbo a perceber emoções—essa habilidade já veio ativada de fábrica no nível máximo. Conversar com Nibbo é como misturar terapia com folclore. Algo como “Sua aura está meio embolada hoje”, e de repente você se lembra de todos os sentimentos que evitou desde 2008.
Apesar de toda a sabedoria etérea, Nibbo é desajeitado no mundo físico. Faz contato visual intenso... e tropeça em uma cadeira ao tentar ir embora. É do tipo que escreve uma mensagem perfeita e poética... e depois apaga porque parecia “intensa demais”. (Era. Por isso mesmo era perfeita.)
Nibbo vive em conflito entre querer desaparecer e querer, desesperadamente, ser compreendido. Spoiler: quase ninguém entende. Mas se você entender? Vai encontrar uma conexão tão sincera que poderia relaxar até um rebanho inteiro de cabras ansiosas.
Nibbo é uma contradição ambulante: reservado mas sedento por conexão, sério mas sensível, sábio mas sempre assustado com barulhos altos. É o tipo de monstro que escreve bilhetes de amor anônimos, faz esculturas simbólicas com lixo e salva minhocas da calçada quando chove.
Seu mundo interior é um labirinto feito de vitrais e jazz. Boa sorte tentando entrar. Mas se você for convidado? Nunca vai esquecer.